O Governo do Piauí trabalha para modernização da máquina administrativa do Estado e melhoria na prestação dos serviços públicos. Um exemplo disso é o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), também chamado de Governo sem Papel, implantado em abril deste ano, com a reforma administrativa.
A ferramenta vai acelerar a tramitação de processos administrativos, tornando a gestão pública mais eficiente, transparente e ainda gerando ainda uma economia de R$ 10 milhões anuais aos cofres estaduais. O objetivo é informatizar toda a gestão pública, por meio da digitalização dos processos administrativos físicos.
Até agora, sete órgãos já passaram pela mudança: Agência de Tecnologia da Informação (ATI), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Controladoria Geral do Estado (CGE), Secretaria de Estado da Administração e Previdência (Seadprev), Corpo de Bombeiros, Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Instituto de Terras do Piauí (Interpi).
Cada órgão leva, em média, dois meses para migrar do sistema antigo (que usa papel) para o novo (informatizado), mas órgãos com muitos servidores, como a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que tem mais de 24 mil colaboradores, devem demorar mais. “Primeiro há um treinamento pela internet para os servidores do órgão, depois há treinamentos presenciais e, por último, a execução do sistema em si”, explica Richardson Santos, coordenador do Comitê Central do SEI, responsável pela implantação do sistema em toda a máquina pública do Piauí.
Com o SEI, o Estado do Piauí ganha de todas as formas. Economiza ao deixar de gastar com impressoras, transporte de processos, obrigatoriedade do malote; gera rapidez na tramitação dos documentos e ainda dá mais transparência, já que permite à população acompanhar seu processo pela internet.
Assim, todo tipo de correspondência interna no governo, como ofícios, memorandos e despachos serão efetuados de forma eletrônica. Haverá um maior controle de tudo que é realizado pela administração estadual, onde haverá um procedimento padrão para todos os órgãos com a customização de documentos e treinamento para os técnicos.
O diretor-geral do Interpi, Chico Lucas, diz que os trabalhos agora estão muito mais rápidos. “Foi dispensada a necessidade de autuar, perfurar, carimbar. O processo transita entre os órgãos sem a necessidade de ser levado fisicamente. E o mais importante: a possibilidade dele estar em vários órgãos simultaneamente, facilitando a emissão de pareceres”, afirma o gestor.
Todos os 25 mil processos do Interpi estão todos digitalizados, o que agilitou muito o trabalho do órgão e a fiscalização da sociedade. “Em uma licitação, por exemplo, nós podemos mandar os processos para vários órgãos de controle simultaneamente. Antes, mandávamos para um órgão, aí esperava ele voltar. Depois mandávamos para outro, e daí por diante”, lembra Chico Lucas.
O diretor-geral da ATI, Antônio Torres, explica que o SEI foi criado pelo Ministério do Planejamento para ser usado em toda a administração pública do Brasil. A ATI ajuda na estrutura e no treinamento dos servidores dos órgãos, que é rápido. “Todo o Piauí tem a ganhar. Muitos dos órgãos estão com gastos que precisam ser eliminados devido ao uso do papel”, destaca o gestor.