O governador Wellington Dias reuniu-se, nesta quarta-feira (19), no Palácio de Karnak, com a equipe de órgãos de segurança do poder executivo para dar encaminhamento à unificação da segurança pública estadual por meio do Sistema de Classificação de Risco. A proposta é trabalhar de forma integrada, considerando critérios de baixo, médio e alto risco para Justiça e Segurança do Piauí.
A novidade é que o sistema informatizado de avaliação de risco está concluído e será aplicado na Penitenciária de Altos. “A avaliação já está sendo feita e na próxima semana poderemos apresentar o perfil de risco da prisão para que possamos projetar políticas criminais diferenciadas. O novo sistema é um modelo adotado em outros países que têm uma realidade diferente da do Brasil, portanto é um desafio para o Piauí, mas acredito que com a política de ressocialização que esse modelo traz, o nosso estado será exemplo para o Brasil e mundo”, destacou Wellington Dias.
Segundo a delegada, Eugênia Villa, o objetivo é ofertar um tratamento específico e personalizado aos que cometem crimes que não sejam de alto risco. “Detentos de riscos diferentes não devem se misturar, como consta na constituição, na lei de execução penal e em todos os protocolos internacionais. Queremos adotar a modelagem não só no sistema prisional, mas nos protocolos de risco, na polícia militar, civil e no sistema de justiça. Nosso trabalho é coordenar essas ações e unir ciência, tecnologia e o caráter humanitário para cumprimento da pena e tratamento do preso provisório”, pontuou.
De acordo com o secretário de Segurança, Fábio Abreu, todos que compõem a segurança e justiça do Piauí serão capacitados e a função de cada um será definida. “Vamos delinear como vai ser a integração dessas forças, visando reduzir riscos e impedir eventos críticos. Um grande passo será dado com o lançamento do sistema de informação que vai centralizar os demais. Com isso, teremos a oportunidade de, por exemplo, atribuir à pessoa que foi detida uma nota com relação a sua condição e vamos destiná-la, de modo que não tenha contato com outros que tenham um nível diferente daquele enquadramento que foi pré-estabelecido”, esclareceu o gestor.
O próximo passo é angariar recursos para a implementação efetiva do Sistema de Classificação de Risco. “É uma iniciativa importante para a segurança pública. Uma pessoa que vive do crime não pode ter contato com uma pessoa que rouba, eventualmente, uma comida ou um utensílio, pois a probabilidade desse detento de baixo risco sair como um profissional do crime é grande. É um modelo que, sem dúvidas, apresentará resultados positivos e diminuirá a criminalidade no futuro”, complementou o coronel Lindomar Castilho.