A Coordenadoria Estadual de Enfrentamento às Drogas do Piauí – CENDROGAS recebe dependentes químicos e os encaminha a 22 comunidades terapêuticas, que possuem convênio com o estado, para que possam se tratar e receber cuidados especializados. No segundo semestre de 2017, o corpo técnico da Agência de Tecnologia da Informação – ATI desenvolveu o sistema Acolhimento, visando sistematizar a identificação dos acolhidos, endereço das comunidades e outras funcionalidades gerenciais.
As 22 comunidades conveniadas com o governo estão cadastradas e desde que o sistema começou a operar já foram cadastrados 123 acolhidos. O processo para colher informações foi modernizado facilitando os trabalhos dos servidores da Cendrogas. “Tudo que é digitalizado facilita, [sem contar] a questão da economia de papel, a questão do trabalho que era imprimir a ficha de triagem todas as vezes que um novo acolhido nos procurava, ter pastas para ficar arquivando essas fichas, fazer tudo manualmente”, conta a Gerente de Prevenção e Acolhimento do órgão, Pollyana Menezes.
A servidora explica que os usuários passam por uma triagem, espécie de entrevista com assistente social, na qual são colhidas o máximo de informações da pessoa para o cadastro no sistema. Após essa etapa, o futuro acolhido recebe um encaminhamento para buscar a comunidade terapêutica especificada no documento e se internar.
“Quando passou para o sistema facilitou muita coisa, a rapidez, a agilidade, a procura. A gente trabalha muito com reincidente, assim quando o reincidente chegava aqui, dava o nome e a gente tinha que ir lá na pasta de arquivo buscar por letra o nome dele, agora não, chega um reincidente, basta a gente ir no sistema, coloca o primeiro nome e já aparece a busca, então facilitou demais, muito mesmo”, avalia.
Segundo a gerente de Prevenção e Acolhimento, as internações nas comunidades terapêuticas devem ser espontâneas, partindo do próprio dependente químico. Pollyana avisa que a Cendrogas não trabalha com internação compulsória e que, após o usuário receber o encaminhamento do órgão, há um prazo de até três dias para que a internação seja finalizada, portanto o documento perde a validade após 72 horas. “. É uma forma de garantir que ele [dependente] procure realmente a comunidade”, avisa.
De acordo com Menezes, a maioria das comunidades tem o público alvo masculino maior de idade. “Mas conveniadas temos duas comunidades que recebem feminino maior de idade e duas comunidades que recebem adolescentes masculinos”, informa.
A parceria entre os dois órgãos traz ainda outros benefícios como a identificação das pessoas para os familiares, relatórios gerenciais automatizados, identificação unificada dos acolhidos, além da redução de custos.