A demanda por velocidade na internet é fantástica, afirma ao Futurecom All Year o presidente da Telebras, Jorge Bittar. Enquanto as pessoas se satisfaziam com 1 megabit por segundo (Mbps) ou 2 Mbps há alguns anos, hoje precisam de 50 Mbps e até mais para acessar conteúdos de alta qualidade. As redes, portanto, têm de ser sempre atualizadas.
Bittar assegura que a estatal cumpre seu papel de melhorar a banda larga em todo o território brasileiro e que vai continuar investindo também na segurança das redes, possibilitando a oferta de serviços de qualidade em educação pública, telemedicina, telessaúde, cidades inteligentes, governo eletrônico e outras aplicações.
Atualmente a Telebras atua na construção de um cabo submarino de fibra óptica, de altíssima velocidade, entre o Brasil e a Europa, saindo de Fortaleza, abrindo uma conexão com todos os países da América do Sul. Nesse sentido, foi firmado na última edição do Futurecom acordo com a Silica, operadora presente no Chile e na Argentina.
Outro projeto adiantado é o de um satélite em banda Ka, com capacidade de transmissão de 56 gigabits por segundo (Gbps) e cobertura sobre todo o território brasileiro e sua plataforma marítima. O lançado está previsto para o último trimestre de 2016, com início de operações em 2017. Mesmo diante das dificuldades econômicas do país, Bittar espera contar com recursos públicos, por se tratar de uma empresa reativada há pouco tempo. Mas busca também linhas de financiamento que permitam acelerar seus investimentos.
Na avaliação de Bittar, a Telebras vem cumprindo a contento seu papel, pois está presente em regiões não atendidas ou precariamente servidas pelas operadoras privadas. Além disso, torna disponível uma infraestrutura para que pequenos provedores levem o serviço às residências, às empresas e às administrações municipais.
Ele destaca, ainda, o trabalho realizado no ano passado durante a Copa do Mundo de Futebol para instalar redes de grande desempenho em todos os estádios. E assegura ter recebido muitos elogios sobre a qualidade das transmissões.
Para saber mais sobre a Telebras, assista ao vídeo da entrevista exclusiva com Jorge Bittar.
Por Renato Cruz e Nilton Tuna Mateus